quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Acompanhe a retrospectiva dos informativos e spots divulgados. Os temas são sempre atuais e podem permanecer na pauta do município

Especial – O impacto do racismo na infância(informativo | spots)

130 – Direito de ser adolescente (informativo |spots)

129 – Semana do bebê (informativo | spots)

128 – Educação para convivência com a sua região (informativo | spots)

127 – Esporte e cidadania (informativo | spots)

126 – Cultura e identidade para a igualdade étnico-racial (informativo | spots)

125 – Políticas públicas - O papel do Estado para a melhoria de vida de crianças e adolescentes (informativo | spots)

124 – Cidadania dos Adolescentes (informativospots)

123 – Direitos da mãe e do bebê (informativo |spots)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Informativo Rádio pela Infância Especial Sobre o Racismo‏

O impacto do racismo na infância

É difícil admitir, mas ainda somos um país racista. Quase ninguém gosta, ou está acostumado a falar sobre desigualdade e discriminação racial – acha que isso não acontece ou prefere acreditar que não existe preconceito racial. Só que os números não mentem: o racismo existe no Brasil, e ele afeta a vida de milhões de crianças negras e milhares de crianças indígenas desde os primeiros anos de vida. É por isso que vamos falar sobre o assunto. É preciso discutir o tema e contribuir para uma infância e adolescência sem racismo.

Todos são iguais perante a lei e possuem os mesmos direitos e deveres, mas, infelizmente, as estatísticas comprovam que nem todos têm acesso ao que lhes é assegurado por direito. Ao longo de décadas, alguns grupos permaneceram abaixo de indicadores sociais e econômicos aceitáveis, apesar do crescimento econômico e social registrado no país. Populações indígenas e negras fazem parte desse contingente de pessoas excluídas. Vejamos os números:

Segundo dados do IBGE, no Brasil, 65 de cada 100 crianças pobres são negras. As crianças indígenas são minoria - cerca de 100 mil - mas é entre elas que ocorre o maior número de mortes antes de um ano de vida. De acordo com a Funasa, em 2009 foram registradas 42 mortes de crianças indígenas para cada mil nascidas vivas. Um número muito maior do que a taxa média nacional – 19 mortes para cada mil crianças.
Quando a gente compara os dados da educação, a desigualdade persiste. Segundo o IBGE, das 530 mil crianças de 7 a 14 anos fora da escola, 330 mil são negras e 190 mil são brancas. A discriminação racial também é registrada nos números da violência. Os adolescentes negros têm quatro vezes mais chances de serem assassinados em comparação aos adolescentes brancos, nas cidades com população acima de 100 mil habitantes.

Foi pensando nos efeitos da desigualdade racial que, há um ano, o UNICEF e seus parceiros lançaram a campanha Por uma infância sem racismo. A cada dia, a campanha envolve mais e mais pessoas. Ela serve como um alerta sobre os impactos do racismo na infância e na adolescência e a necessidade de uma mobilização social que corra atrás do respeito e da igualdade étnico-racial desde os primeiros dias de vida.

Desde novembro de 2010, a campanha tem agregado pessoas, organizações e governo para garantir os direitos de cada criança e adolescente do país, incluindo as crianças negras e indígenas. No Brasil muitas ações importantes são criadas para beneficiar a criança, mesmo assim as políticas públicas encontram dificuldades para alcançar essas crianças. A única forma de encarar o problema é reconhecer a existência do racismo, valorizar a diversidade e lutar pela igualdade. As diferenças devem ser motivo de orgulho e não de discriminação.

Todo mundo pode participar da campanha. É só entrar no site http://app-02.geeklemail.com.br/conta-link/?id_link=5600&id_campanha=1220&email=bruno_dopt%40hotmail.com e ver as sugestões do que cada um pode fazer. Dê suas ideias, opiniões, conte sua história, apoie projetos sociais que promovam a igualdade étnico-racial.

É importante chamar a atenção de todos sobre os impactos do racismo no desenvolvimento de uma criança. Algumas ações discriminatórias começam cedo, muitas vezes disfarçadas de supostas brincadeiras, que podem parecer inocentes, mas por meio delas as diferenças são desrespeitadas. Algumas frases racistas como "tição" e "cabelo ruim" são ouvidas durante a convivência com outras crianças. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem marcar para sempre a vida de meninos e meninas. Chame a atenção do seu filho, da sua filha, e esteja sempre alerta se isso acontecer.

Por incrível que pareça, muitas vezes o racismo vem de dentro de casa. Você pode achar que não, mas a criança aprende a discriminar apenas por ver os adultos discriminando. Respeite as diferenças e eduque as crianças para respeitá-las também. É preciso ensinar os jovens a reconquistar valores e atitudes que contribuem para reconhecer a riqueza e a beleza que existe na diversidade brasileira. Essa diversidade ajuda a gerar uma sociedade mais justa. As crianças também têm o direito de ser reconhecidas em suas próprias identidades. Elas precisam ter segurança e se orgulhar de suas origens.

Atenção, papai e mamãe: se seu filho ou filha foi discriminado ou discriminada, dê o seu apoio. Mostre que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usar de seus direitos igualmente. E denuncie! Em todos os casos de discriminação, você deve buscar defesa no Conselho Tutelar do seu município, nas ouvidorias dos serviços públicos e nas delegacias de proteção à infância e adolescência.

Sabia que racismo é crime? A Constituição de 1988 tornou a prática do racismo crime sujeito à pena de prisão, imprescritível e inafiançável. Ou seja, o acusado não poderá obter a liberdade provisória mediante o pagamento de fiança. Não esqueça: a discriminação é uma violação de direitos. Mas, antes de fazer qualquer denúncia, é importante que tenha em mãos todos os detalhes do momento em que sofreu o preconceito, como data, local, situação e, se possível, o contato de testemunhas, pessoas que estavam presentes quando a ação de discriminação foi realizada.

Uma dica para você, mamãe e papai, eduquem as crianças para o respeito à diferença... Na hora de comprar bonecas, por exemplo, vocês podem levar uma branca, outra negra, ou uma de origem oriental. Assim, a criança aprende brincando que existem diferenças na sociedade onde ela mora. É legal incentivar os filhos a serem amigos de todos, independente da cor da pele, do tipo de cabelo ou do modo de falar, ou de se vestir. As diferenças enriquecem nosso conhecimento. Ah, outra coisa muito importante é proporcionar e estimular a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, em casa, na escola, ou em qualquer outro lugar.

De acordo com a Constituição brasileira, todos os seres humanos têm direitos, independente de raça, cor ou religião. Infelizmente, esses direitos da cidadania muitas vezes não são respeitados em função de um racismo ainda existente no Brasil. Cada um de nós tem um papel na sociedade e pode ajudar a garantir uma infância livre da discriminação e plena de oportunidades. As raças não são nem superiores, nem inferiores, elas são diferentes. Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada. Além da família, as escolas, os serviços de saúde, os policiais, todas as autoridades e profissionais que se relacionam com as crianças e adolescentes devem ter um compromisso com a igualdade e a superação do racismo.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Informativo Rádio pela Infância‏: Direito de ser adolescente

Você sabia que, segundo pesquisas, o Brasil não vai voltar a ter uma população tão grande de adolescentes? São 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 17 anos, ou seja, 11% da população brasileira. Achou muito? Mas é mesmo. Esses números mostram que precisamos dar voz ativa a esse grupo na sociedade.

Você sabe como vivem e o que pensam os adolescentes do nosso município? Então, tenha interesse em descobrir. Não podemos ver os adolescentes como um problema a ser resolvido, uma fase rebelde, ou com outras visões preconceituosas. É dever do município e de toda a população dar as ferramentas necessárias para que os meninos e meninas desenvolvam todo o seu potencial e possam se expressar. O desenvolvimento do país depende de cada criança e adolescente e de cada um de nós.

Assim como os adultos, os idosos e as crianças, os adolescentes têm seus direitos. Mas, nesse período da vida, alguns desses direitos são mais violados do que em outras faixas de idade. É o que aponta o relatório do UNICEF, lançado em novembro de 2011, sobre a situação da adolescência brasileira. Entre os próprios adolescentes, alguns sofrem essas violações de forma mais grave. Por exemplo, um adolescente negro tem quase quatro vezes mais chance de ser assassinado do que um adolescente branco. Um adolescente indígena tem três vezes mais possibilidade de ser analfabeto do que os adolescentes em geral.

Uma forma de tentar resolver a questão é o Estado dar mais atenção a esses jovens, com políticas públicas que garantam os direitos de cada criança e adolescente. Se você é adolescente, ou simplesmente quer saber mais sobre o que o município faz pelos jovens da região, procure a Prefeitura ou o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente. É uma maneira de participar.

Boa notícia! Depois de fazer uma análise das políticas públicas brasileiras, o UNICEF percebeu um avanço, principalmente nas ações voltadas para os primeiros anos de vida. A taxa de mortalidade infantil, antes dos cinco anos, foi reduzida. E no grupo entre 6 e 14 anos, menos de 3% estão fora da escola. Isso mostra que, com esforço, o país pode melhorar. Mas ainda há muito o que fazer.

Agora precisamos ganhar uma base mais forte também nas políticas voltadas para a adolescência. Não basta garantir o direito à vida nos primeiros anos e depois deixar o jovem se virar no mundo. Em 2009, a taxa de assassinatos de pessoas entre 15 e 19 anos era duas vezes maior do que a média para a população como um todo. Esse número é preocupante e se mantém praticamente o mesmo desde 2004, não diminui.
No caso da educação, os indicadores apontam importantes melhorias no período entre 2004 e 2009, principalmente entre 6 e 14 anos, mas o Brasil ainda enfrenta desafios: 15 de cada 100 adolescentes entre 15 e 17 anos de idade estão fora da escola. O adolescente precisa ter seus direitos assegurados. E a educação é um dos mais importantes, porque ajuda a conquistar vários outros.

Atenção, pai e mãe: o apoio, a atenção e a proteção da família também são cruciais nessa fase da vida.
Todas as crianças e adolescentes merecem atenção, mas o UNICEF aponta a necessidade de dar atenção especial a quatro grupos específicos: meninas ou meninos que tenham sofrido exploração sexual; jovens mães; adolescentes que são chefes de família e precisam sustentar a casa; e meninos e meninas que vivem nas ruas.

Não podemos esquecer. É apenas com a participação dos próprios adolescentes, de forma cidadã, que as respostas para os problemas que afetam a vida deles vão fazer parte da realidade. Seja na Amazônia, em comunidades populares do Semiárido, em grandes cidades urbanas, é preciso que os adolescentes discutam com os adultos temas que atinjam seu dia-a-dia.

A situação pede urgência. Você que é adolescente e tem vontade de mudar esse quadro, procure a Prefeitura e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. O Conselho tem como objetivo elaborar as políticas que vão promover, garantir e defender os direitos das crianças e dos adolescentes. E você pode participar.

Cada adolescente representa uma oportunidade de desenvolvimento para a sua família e o município. Está na hora de serem levados a sério. Vamos garantir o direito de cada menino e menina ser adolescente.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Informativo Rádio pela Infância‏: Semana do bebê


Você já ouviu falar na Semana do Bebê? Se a resposta for não, fique tranquilo, que você já vai entender melhor. Se a resposta for sim, ótimo. Sinal de que você sabe da importância do evento para o município.

Bem, a Semana do Bebê é uma grande mobilização do município pelos direitos das gestantes, das mães e suas crianças pequenas. A ideia do evento é chamar a atenção para o tema e incentivar ações que ajudem a garantir esses direitos.

Por isso, a Semana do Bebê reúne famílias, autoridades locais e profissionais das áreas de saúde, educação, proteção e da mídia. São realizadas atividades culturais e de lazer, palestras, debates, oficinas... Tudo para levantar e discutir temas como a saúde e o bem estar da gestante, a prevenção da violência, a importância da amamentação e a redução da mortalidade infantil.

O evento tem o incentivo do UNICEF e é realizado de forma voluntária pelos municípios interessados em fazer parte dessa iniciativa.

Mas por que é tão importante garantir esses direitos? Antes de mais nada, porque são direitos previstos na legislação brasileira e em tratados internacionais. Além disso, os primeiros anos de vida são fundamentais para que as crianças tenham um desenvolvimento saudável, sejam pessoas felizes e contribuam para construir uma comunidade melhor. Viu como é importante? Vocês podem estar se perguntando: mas quando vai ser tudo isso? A Semana do Bebê não tem uma data única para acontecer em todo o país, cada município pode decidir a data e a programação. Mas a ideia é que se repita todos os anos. O ideal é criar uma lei definindo a Semana do Bebê como parte do calendário oficial do município. Então, vamos ficar ligados e participar quando chegar a hora!

Você sabia que os seis primeiros anos de vida são decisivos para o desenvolvimento completo de meninas e meninos? É que nessa fase, chamada de primeira infância, as experiências que ela vive – mentais, físicas, emocionais e sociais - têm impacto para a vida toda. Por exemplo, até os dois anos, as ligações afetivas são muito importantes para a estabilidade emocional. Até os três anos de idade, o potencial do vocabulário da criança já está determinado. Até os quatro anos, o cérebro define as bases para a matemática e para o raciocínio lógico. Até os seis anos, são formadas 90% das sinapses cerebrais, isto é, quase todas as ligações que o cérebro faz e que vão determinar a capacidade de aprendizado entre outras coisas.

Isso quer dizer que nesses primeiros seis anos de vida, pode-se estimular uma criança para ela desenvolva todo o seu, seja tranquila, feliz e segura de si. Ficar com a criança em tempo integral nessa faixa etária tem impacto decisivo nos processos de aprendizagem e de construção de relações sociais. Isto é, como ela vai se relacionar com as pessoas, por exemplo, na rua onde mora, na escola, na família, ou seja, fatores que influenciarão toda a vida afetiva e profissional.
Por todos esses motivos, vale a pena dedicar uma Semana inteira para discutir e aprender mais sobre a vida e os direitos de cada bebê.

A proposta da Semana do Bebê teve início há 12 anos no município de Canela, no Rio Grande do Sul. Desde então, diversos municípios do Brasil e até outros países, como Portugal, Argentina e Uruguai, juntaram-se à causa e promovem a Semana do Bebê todos os anos. Só em este ano, 127 municípios da Amazônia e do Semiárido realizaram a Semana do Bebê, além das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Com isso, a taxa de mortalidade infantil diminuiu e melhoraram os índices de amamentação. Os bebês passaram a receber acompanhamento integral até um ano de idade e as vagas nas creches e pré-escolas aumentaram.

Enfim, o resultado desse esforço é o avanço das políticas públicas que asseguram o direito de cada bebê a sobreviver e se desenvolver, aprender, brincar, conviver com a família e a comunidade, crescer sem violência e ser protegido de doenças. Então, vamos cobrar e participar!

Procure a Prefeitura Municipal e informe-se sobre a realização da Semana do Bebê. Se não houver nada previsto, vamos sugerir a criação. Governo municipal, Conselho Tutelar, profissionais de educação, da saúde, assistentes sociais, Câmara de Vereadores, adolescentes e jovens comerciantes, empresários, comunicadores, igrejas... Todos devem estar envolvidos para o sucesso do evento.

O número de crianças que morrem antes de completar um ano de idade pela falta de cuidados ainda é grande no Brasil. A situação já melhorou muito, mas de acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, a cada mil crianças que nascem, 19 morrem antes de completar o primeiro ano de vida. As mães também correm riscos durante o parto. A mortalidade materna e infantil é mais alta nas regiões mais distantes, com difícil acesso ao sistema de saúde, como acontece em muitos municípios do Semiárido e da Amazônia.

Uma das maneiras de diminuir o índice de desnutrição infantil e consequentemente da mortalidade dos bebês, é garantindo amamentação exclusiva no peito até, no mínimo, os seis meses de vida.  Assim como essa medida simples, muitas outras precisam ser conhecidas por todas as mães. Nenhuma família deve ficar de fora.

Na Semana do Bebê, o município trata de todos os assuntos ligados ao tema: acesso ao pré-natal, curso para gestantes, debate sobre a saúde da família, paternidade responsável, gravidez na adolescência, melhorias na educação infantil, o direito de brincar e tudo o mais. É uma boa oportunidade de avaliar como vivem os recém-nascidos, crianças e jovens do município.

Todos podem se beneficiar quando o município promove a Semana do Bebê. Os comércios, empresas e funcionários também podem ganhar com a realização do evento. Em Canela, Rio Grande do Sul, por exemplo, uma jovem aplicou na empresa da família os conhecimentos adquiridos durante a Semana do Bebê. Ela criou um programa, destinado especialmente às mães que querem voltar à forma física, sem perder o contato com os filhos. O programa oferece a essas mães acomodações especiais e a possibilidade de fazer exercícios na companhia do neném durante o trabalho. Outro exemplo: funcionários das escolas e creches aprendem que não basta trocar e alimentar o bebê, tem de falar com ele, tocar, abraçar, dar carinho. Gostou? Outras ideias como esta podem surgir na Semana do Bebê do município. Vamos unir toda a comunidade para melhorar a situação de vida de cada criança desde os primeiros anos de vida.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Informativo Rádio pela Infância: Educação para a convivência com a sua região

 O direito de aprender de cada criança e adolescente deve ser garantido sempre. Mas será que o material e os livros trabalhados atualmente pelas escolas despertam o interesse dos estudantes? É bom observar se os materiais e as práticas de ensino trazem exemplos da realidade deles. Na hora de estudar História, Geografia, Português ou Matemática, as crianças precisam ligar esses conhecimentos ao dia a dia da região onde vivem - seja uma cidade grande, um povoado rural no Semiárido ou uma comunidade ribeirinha na Amazônia. Assim as aulas ficam mais interessantes, e o aluno passa a conhecer e participar do desenvolvimento do município.

Uma menina que mora na beira de um rio na Amazônia, por exemplo, precisa encontrar, na sala de aula, conhecimento sobre a realidade dela. Claro que é importante saber coisas sobre outras regiões, países e civilizações, mas a história dela e de sua família não podem ficar de fora. Quando o aluno identifica situações e problemas da comunidade no conteúdo da matéria, fica mais fácil aprender e ele melhora o rendimento escolar, além de valorizar a região onde vive.

É preciso que as crianças e os adolescentes encontrem semelhanças entre o conteúdo que está sendo estudado e o que acontece no município. É por isso que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) prevê que os conteúdos curriculares sejam adaptados ao contexto da localidade onde está situada a escola. A lei também prevê a utilização de métodos de ensino que atendam as reais necessidades dos alunos.

Você tem conhecimento do que existe ao redor da sua casa e da escola? Por exemplo: a vegetação e o clima. Se você é estimulado a observar a realidade local em sala de aula, 10 pra sua professora ou seu professor! É legal também explorar as capacidades e habilidades da região. As características locais precisam ser conhecidas não só pelas crianças e adolescentes, mas por toda a população, para que seja possível promover desenvolvimento e igualdade.

Ensinar de acordo com a realidade da região é dever do município, da Secretaria de Educação, dos pais e professores, de todos nós. Então, mãos à obra! Você que é pai, mãe, já olhou os livros didáticos que seu filho, ou filha, usa para estudar? Se você achar que o conteúdo não está adequado à realidade da criança, procure a escola ou a Secretaria de Educação do município.

Você sabia que na tentativa de reverter essa situação, a Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (Resab), com apoio financeiro do UNICEF, elaborou a publicação experimental "Conhecendo o Semiárido"? Essa publicação é destinada a alunos da 3ª e 4ª séries. A escola interessada pode entrar em contato com a Resab, pelo telefone (74) 3612-8488 ou e-mail rederesab@yahoo.com.br.

Os livros adequados à realidade do estudante conseguem juntar os conhecimentos locais sem negar o acesso aos conhecimentos de outras regiões e do mundo. Aliás, benefício é o que não falta com o aprendizado contextualizado! Ele ajuda a melhorar a qualidade de ensino e contribui para o processo de construção da identidade, já que não causa estranhamento nos estudantes.